quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Eu vim parar na Beira do Cais !




"Eu vim, vim parar na beira do Cais.
Onde o fim da tarde é lilás !
Onde a estrada chegou ao fim.
Onde, o mar arrebenta em mim,
O  lamento de tantos ais..."



Restos de um tempo que ficará para trás,
Exige-me auroras, sedutoramente instigantes!
É, está despontando, por ai , um tufão de emoções
que não poderá me esperar, indefinidamente, nem
arrancar , abruptamente, os sonhos que guardei
dentro de mim...
Precisarei perceber que a brisa mudará, a partir
daquilo que eu conspirar para que aconteça,
em um ponto qualquer do universo,
"onde o fim da tarde é lilás "...
Com certeza, isso ficará para que a minha  sede
de novos despertares, aponte-me a direção ...
Porções hipnotizadoras de felicidade poderão 
estar ao meu alcance, quando eu passar a
velejar , sabiamente, sobre os meus próprios sonhos.
Se eu permitir que as ondas me surpreendam, elas
levarão toda a minha  sede de buscas e fontes de
renovação interior.
Mas, por que essa sede de certezas mais que
absolutas ?
Esse sol que brilha sobre o  planeta desconhece
a plenitude das certezas e de antigos contratos com
matizes de um eterno e ardente estado de êxtases...

O tempo voa contando historias que , às vezes,
cria heróis ou  marinheiros de primeira viagem...
O trem das minhas buscas está a todo vapor e nem
por isso, a hora de cada chegada,  permite-me
contemplar o por do sol , nesse dia que não finda...

As emoções mais sublimes têm sido tâo tênues...
Cada dia tem levado,  precocemente, as mais 
doces expectativas...
Antes, de desistir de tantas coisas que estão tão distantes
de mim, precisarei saber qual é o valor que cada uma 
delas possui , em meu acervo de prioridades.
Se eu tiver que lutar por coisas mais difíceis de serem 
alcançadas terei que conhecer o caminho mais viável 
para encontrá-las, sem que para isso , eu precise jogar
o mundo de pernas para o ar ou que necessite invadir
os territórios secretos de quem chegou primeiro e pôs , 
ali, a sua bandeira de privacidade !
Os meus sonhos não poderão invadir, a qualquer custo,
os sonhos que alguém sonhou, sem que eu exercite a 
minha capacidade de sonhar junto, de ser parceira 
numa viagem de conexões instigantes que, certamente, 
me tornarão um alguém bem melhor do que eu  possa
achar que tenha sido, até então...
O tempo tem passado com suas ferramentas mais que
misteriosas...
Repito, tem passado mesmo...
Quase sempre, vem como um raio de luz que logo se 
perde dentro do meu olhar...
Adoro brincar de esconde - esconde e costumo demorar
para desapegar-me das lembranças, mais que inesquecíveis... 
Será que dá pra romper definitivamente com o passado?
Criei tantas histórias , por lá... Acho que deixei as chaves
de casa,  no vaso da porta da frente !
Na verdade , eu cresci e hoje percebo que "a paz invadiu
o meu coração"...
Ah! Como fica dificil seguir pela vida , diante das ameaças de
bombas e balas perdidas...
Como fica dificil pintar um jardim com todos os sonhos que
um dia sonhei para mim, para o mundo, enfim...
Não dá pra seguir, não dá pra velejar, não dá pra sonhar, não
dá pra seguir sozinha, por ai...
Não dá pra conjugar o singular, se tudo que mais amo mora
dentro do meu coração, tão plural...
Em  um mundo desigual , sonhar com a Paz, poderá ser real,
pois, somos muitos, afinal.

Lis Lisboa





















2 comentários:

  1. Lis:
    Estamos desejosos de Paz!
    Uma Paz que liberta, que
    agrega, que humaniza,
    que semeia , que conjuga
    e compartilha essências
    do bem.
    Belíssimo texto! Aliás, esse não
    é nenhuma novidade! É, apenas, uma
    chance de compartilharmos com você
    as grandes sacadas da vida!
    E de que forma, tão surpreendentemente
    simples e verdadeira... Dá para passear às
    margens de um oceano transparente,
    recheado de significados que fluem a cada
    movimento de suas ondas...
    Você sabe como direcionar
    para o mundo, os alertas
    que a vida implora !
    Feliz Ano de Muita Paz
    em algum lugar, onde o fim da
    Tarde é lilás!
    - Sergio, um admirador e refém de sua
    poesia (SP)

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  2. Sérgio:
    Acabei de ler o seu comentário!
    Lindo ! Aliás, esse não é diferente
    dos outros...Portanto, também,
    não é nenhuma novidade!!!!!!!!!!!!
    Um abraço !
    Lis Lisboa

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